Os brasileiros terão que trabalhar 151 dias neste ano, o equivalente a cinco meses completos, só para pagar os impostos, as taxas e as contribuições destinados aos cofres públicos.
Isso significa que tudo o que a população ganhou de 1º de janeiro até o dia 31 de maio servirá para ficar quites com o governo.
A tributação incidente sobre os rendimentos (salários, honorários, etc.) é formada principalmente pelo Imposto de Renda Pessoa Física, pela contribuição previdenciária (INSS, previdências oficiais) e pelas contribuições sindicais.
Além disso, o cidadão paga a tributação sobre o consumo – já inclusa no preço dos produtos e serviços – (PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, etc.) e também a tributação sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI, ITR).
A pesquisa do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) mostra que o contribuinte destinou a mesma quantidade de dias para pagar impostos no ano passado.
O presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, observa que, como em 2014, o pagamento de tributos neste ano irá subtrair, em média, 41,37% do rendimento bruto do brasileiro.
— Em 2013, esse percentual que era de 41,10%.
O estudo constata ainda que o trabalhador brasileiro trabalha atualmente quase o dobro de dias para cumprir suas obrigações junto ao governo do que nas décadas de 1970 e 1980, quando eram dedicados, respectivamente, 76 e 77 dias de trabalho com esse objetivo.
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